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    domingo, 16 de agosto de 2020

    A Mentira e a Verdade… Nua e Crua

    A Mentira e a Verdade... Nua e Crua - Pensamento Líquido
    O texto abaixo é atribuído a uma parábola judaica sobre a verdade e a mentira.
    A Mentira e a Verdade... Nua e Crua - Pensamento Líquido
    Por certo reproduz muitas das situações que diariamente enfrentamos em nosso cotidiano, em que os cenários que se nos apresentam nem sempre são aquilo que aparentam ser. Ei-la, pois!
    Certa vez, a Mentira e a Verdade se encontraram.
    A Mentira, dirigindo-se à Verdade, disse-lhe:
    – “Bom dia, dona Verdade!”
    Zelosa de seu caráter, a Verdade, ouvindo tal saudação, foi conferir se realmente era um bom dia. Olhou para o alto, não havia nuvens de chuva; os pássaros cantavam; não havia cheiro de fumaça na mata; tudo parecia perfeito.
    Tendo se assegurado de que realmente era um bom dia, respondeu:
    – “Bom dia, dona Mentira!”
    – “Está muito calor hoje, não é mesmo”, disse a Mentira.
    Realmente o dia estava quente demais. Desse modo, vendo que a mentira estava sendo sincera, começou a relaxar, a “baixar a guarda”. Por qual razão haveria de desconfiar, se a Mentira parecia tão cordial e “verdadeira”?
    Diante do calor insuportável, a Mentira, num gesto de aparente amizade, convidou a Verdade para juntas banharem-se no rio.
    Como não havia mais ninguém por perto, a Mentira despiu-se de suas vestes, pulou na água e, dirigindo-se à Verdade, disse-lhe, insistentemente:
    – “Vem, dona Verdade, a água está uma delícia, simplesmente maravilhosa.”
    O convite parecia irrecusável. Assim sendo, dona Verdade, sem duvidar da Mentira, despiu-se de suas vestes, pulou na água e deu um bom mergulho.
    Ao ver que a Verdade havia saltado na água, rapidamente a Mentira pulou para fora, em segundos vestiu-se com as roupas da Verdade que estavam à margem e se mandou sorrateira.
    Tendo suas roupas furtadas, a Verdade saiu da água e, por sua vez – ciosa de sua reputação -, recusou-se a vestir-se com as roupas da Mentira, deixadas para trás.
    Certa de sua pureza e inocência, nada tendo do que se envergonhar e não tendo outra opção que lhe fosse coerente, saiu nua a caminhar na rua.

    Quadro: "A verdade saindo do poço" Jean-Leon Gérôme, 1896
    Quadro: “A verdade saindo do poço” Jean-Leon Gérôme, 1896

    Desde então, aos olhos das pessoas, ficou mais fácil aceitar a Mentira vestida com as roupas da Verdade do que aceitar a Verdade nua e crua.

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