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    segunda-feira, 7 de setembro de 2020

    10 coisas estranhas que você não sabe sobre preservativos



    A história de como a camisinha nasceu é um pouco obscura, de forma que os historiadores são incapazes de determinar quando as pessoas começaram a usá-las. Ainda assim, esse é um dos desenvolvimentos mais importantes na manutenção da saúde pública humana, por isso, confira abaixo alguns fatos interessantes sobre preservativos.

    10. Existem camisinhas veganas

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    Como qualquer outro estilo de vida, o veganismo tem diferentes extremos. Quem segue à risca uma dieta vegana não pode consumir qualquer produto animal, não apenas carne, mas também leite, ovos, mel, entre outras coisas. Por uma questão de ética, os veganos se abstêm de usar qualquer produto de origem animal, e isso acaba incluindo roupas de couro ou produtos cosméticos testados em animais de laboratório.
    Embora ainda haja alguns preservativos produzidos a partir de pele de cordeiro, a grande maioria são feitos de látex, uma forma de borracha. Parece, à primeira vista, que os preservativos de látex seriam perfeitamente aceitáveis por um vegano, até mesmo para uma pessoa que seja mais criteriosa, mas a maioria das camisinhas são na verdade produzidas a partir da caseína, uma proteína do leite.
    Felizmente para os veganos apaixonados, uma empresa alemã chamada Condomi fabrica preservativos que usam pó de cacau em vez de caseína. Esta solução alternativa é bastante utilizada, mas a caseína continua sendo campeã na indústria, em produtos que vão desde camisinhas até tinta e cola.

    9. A maioria dos preservativos são grandes demais para homens indianos

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    A pornografia certamente distorce grosseiramente a anatomia masculina média. Na verdade, a maioria dos homens é o que a gente pode chamar de “humildes”. Infelizmente para os homens da Índia, eles tendem a cair na extremidade inferior desse espectro.
    Em 2006, um estudo sobre o tamanho do pênis feito pelo Conselho Indiano de Pesquisa Médica descobriu que aproximadamente 60% dos indianos pesquisados tinham pênis vários centímetros mais curtos do que o padrão usado para a produção de preservativos.
    Esta disparidade, obviamente, levou a uma alta taxa de fracasso no uso de camisinha por homens indianos. Isso acabou levando a problemas bem piores, como uma grande taxa de AIDS no país.
    E não foi só lá. Em 2015, o Ministério da Saúde Pública da Tailândia fez o anúncio de que as doenças sexualmente transmissíveis entre os jovens do país aumentaram quase cinco vezes em uma década. De acordo com a declaração da instituição, isso aconteceu devido ao fato de que apenas 43% dos adolescentes usam preservativos, e também porque eles escolhem uns que são muito grandes para seus tamanhos reais.
    Então por que simplesmente não compram um preservativo menor? Se alguém tem alguma dúvida, é porque eles têm medo de serem ridicularizados.

    8. Existem ambulâncias de camisinhas

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    Vamos supor que as coisas fiquem inesperadamente quentes e você e seu par decidam ir para o quarto (ou sei lá). Só que o cavalheiro, que já pensou nesse momento 3 milhões de vezes, esqueceu de reabastecer seu estoque de preservativos. Nos filmes, essa cena poderia até ser bem engraçada, mas na vida real tende a ser um pouco mais mundana e trágica.
    No entanto, há uma salvação. Em todo o mundo, existe um serviço apelidado de “ambulâncias de preservativos” que entrega esse produto mais rápido do que pizza. Ninguém pode negar que a ideia é boa.
    O serviço inusitado foi oferecido por um estudante da Universidade de New Jersey, nos Estados Unidos, chamado Kyle McCabe, que corria distribuindo preservativos em quartos de dormitórios em poucos minutos depois de receber uma chamada. Empresário astuto, o McCabe cobrava algo em torno de 9 reais por um único preservativo. O valor poderia chegar a até 30 reais, dependendo de quão selvagem a noite estava.
    Ele também exigia que seus clientes assinassem um documento renunciando-o de qualquer responsabilidade caso o produto falhasse.
    Dificilmente o comércio de Kyle era o único do mundo. Em 2004, uma erupção de clamídia entre jovens suecas fez com que o governo do país requisitasse três veículos de serviços de emergência para apressar preservativos para os apaixonados que se encontravam em uma situação comprometedora. Uma mão na roda, não?

    7. Existem camisinhas comestíveis

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    Preservativos vêm em formas, texturas e até mesmo sabores diferentes. Um cara inovador de Hong Kong até transformou os preservativos em um prato “exótico” que está chamando de “sexo na praia”. O “Sex on the Beach” (nome original) é um preservativo rosa feito de kappa (uma alga comestível) e konjac (uma raiz muitas vezes usada para fazer gelatina), com uma pitada de shiitake em pó.
    Para realmente estragar o apetite, a ponta do preservativo contém uma substância “branca pegajosa” feita a partir de uma mistura de mel e presunto de Yunnan.
    Enquanto chefs de hoje são conhecidos por todos os tipos de atos loucos da gastronomia molecular, ou “gourmet”, esse lanche parece ter deixado todos os limites do mal gosto no chinelo.
    O verdadeiro objetivo do “Sex on the Beach”, no entanto, é chamar a atenção para a epidemia de HIV/AIDS do país. Os rendimentos gerados em torno da arrecadação de venda do prato vão beneficiar uma instituição de Hong Kong.

    6. As camisinhas e os católicos

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    Ao contrário da maioria das religiões do mundo, o catolicismo proibia expressamente há até muito pouco tempo qualquer forma de controle de natalidade, incluindo a pílula, aborto e até mesmo preservativos. E, mesmo depois de o Papa dizer abertamente que a camisinha estava liberada, alguns católicos mais tradicionais ainda repudiam a ideia – acredite se quiser.
    O debate sobre os preservativos tem sido travado por muitos anos, com os papas mais recentes (Bento XVI e Papa Francisco) mostrando noções progressistas em afirmar que o uso do preservativo pode ser moral quando é feito para prevenir a propagação de doenças, tais como AIDS na África.
    A Irlanda, um país de maioria católica, proibiu a importação e venda de contraceptivos até 1979, quando se tornaram disponíveis sob prescrição médica. Em 1985, o governo da Irlanda propôs a legalização das vendas de preservativos, um lance que provocou a ira da Igreja, com o arcebispo de Dublin alegando que tal noção seria o início de uma “ladeira escorregadia de degradação moral”.

    5. Bill Gates é um entusiasta das camisinhas

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    O magnata Bill Gates é bem conhecido por sua filantropia e comprometimento com várias causas ao redor do mundo, incluindo o combate a doenças, educação e desenvolvimento agrícola. Em 2013, ele anunciou sua intenção de fornecer algo em torno de 300 mil reais a inventores para que criassem preservativos melhorados.
    O objetivo desse incentivo é criar um preservativo ultrafino que proporcione o máximo de prazer sexual enquanto continue sendo seguro, seguindo a teoria de que muitos homens se recusam a usá-los devido à privação de sensibilidade.
    Duas bolsas já foram dadas, uma para a Universidade de Manchester, na Inglaterra, pioneira no desenvolvimento de um preservativo feito a partir de uma forma de carbono ultraleve chamado grafeno, e outra para a Universidade de Oregon, nos Estados Unidos, que está desenvolvendo um preservativo de poliuretano que faz um selo em torno do pênis e é inferior a metade da espessura dos preservativos atualmente disponíveis.
    Ao contrário do que ele espera de suas muitas outras causas, como a luta contra a malária, Gates admite que a melhoria do preservativo poderia trazer uma fortuna e é susceptível de atrair cada vez mais investidores.

    Sexy Lingerie 4. Camisinhas já foram ilegais em alguns países

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    A Irlanda não foi o único país que teve restrições legais sobre preservativos. Os Estados Unidos, quem diria, também já teve uma relação dúbia com as camisinhas. No século 18, foram utilizados intestinos de animais para sua fabricação, mas em 1839, Charles Goodyear lançou uma maneira de vulcanizar borracha que fez a indústria de preservativos bombar.
    O mercado sofreu um tremendo golpe em 1873, contudo, quando o governo federal passou a adotar a Lei Comstock, que tornou ilegal o uso de camisinhas e passou a punir a posse de vários outros artigos relacionados ao sexo, incluindo literatura erótica e brinquedos sexuais.
    O preconceito contra os preservativos (que muitas vezes eram apontados como fomentadores de promiscuidade) resistiu por algumas décadas depois disso.
    Quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, pasme, eram a única potência aliada que não forneciam camisinhas as suas tropas, o que obviamente resultou em milhares de casos de doenças venéreas como gonorreia e sífilis.
    Ainda hoje, quando os americanos de todas as idades já podem comprar preservativos tanto em lojas quanto pela internet, a posse de preservativos pode ser usada contra as pessoas em um tribunal.
    Após prender pessoas suspeitas de serem “trabalhadores do sexo”, ter camisinhas é visto como evidência de um crime. Infelizmente, isso levou a muitas prostitutas a negligenciarem o uso de preservativos por medo de uma perseguição policial. Assim, elas passaram a se arriscar muito mais.
    Um dos lugares mais progressistas do país, a Califórnia foi um dos primeiros estados a proibir a posse de preservativos de ser usada contra uma pessoa no tribunal.

    3. Você já ouviu falar da camisinha spray?

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    Como qualquer outra indústria, o negócio dos preservativos está sempre à procura da “próxima grande novidade” que irá movimentar milhões de dólares em todo o mundo. Embora o preservativo seja concebido com uma espécie de “tamanho universal”, há alguns homens que encontram dificuldades para se encaixar neles – tanto por falta ou sobra de espaço.
    Para solucionar esse problema, o educador sexual alemão Jan Vincenz Krause desenvolveu um preservativo em spray projetado para ser um ajuste perfeito para cada homem. O protótipo da ideia de Krause era uma espécie de tubo em que o pênis é inserido e revestido com uma camada protetora de látex líquido.
    A ideia, no papel, parece genial, mas se a gente pensar um pouquinho nela, é potencialmente problemática. Já no design do produto alguns problemas ficaram em evidência. O maior de todos é o tempo que o látex leva para secar no pênis: de 2 a 3 minutos.
    No entanto, Krause também distribui sua própria linha de preservativos de diferentes tamanhos. Ele ainda mantém um site onde os homens podem fazer download de um guia de dimensionamento para medir o pênis e encontrar o ajuste perfeito.

    2. Sexo é quase um esporte olímpico

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    Por trás de toda a pompa e dos Jogos Olímpicos, existe um submundo não fiscalizado. Pra ir direto ao ponto: dizem as más línguas que atletas olímpicos fazem (ou faziam) sexo como coelhos. Faz todo o sentido, realmente. Afinal, os esportes de alta performance deixam milhares de jovens no auge da perfeição física em quartos do dormitórios, isolados de sua rotina. Isso, se não me engano, é a receita para o amor (ou, pelo menos, um componente bastante favorável).
    O que é verdadeiramente surpreendente é o quão ativo eles são. Porque, não sei você, mas eu imaginava que a concentração falava mais alto. Porém, durante os Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, por exemplo, 6.582 atletas masculinos participaram e foram distribuídos cerca de 70 mil preservativos, o que dá mais de 10 por pessoa. E, como se isso não bastasse, no meio dos jogos, a organização teve que correr atrás de mais 20 mil camisinhas – de última hora.
    Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, o problema já estava solucionado (pelo menos no papel). A organização se preparou para receber os
    coelhos atletas com 150 mil preservativos.

    1. Preservativos quase foram arma na Guerra Fria

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    A Guerra Fria foi seguramente um dos capítulos mais estranhos de toda a história humana. Abaixo da superfície, as agências de inteligência como a CIA e a KGB trabalhavam incansavelmente para prejudicar seus inimigos. Enquanto muitas das suas estratégias estavam focadas em assassinatos sinistros, outras foram francamente ridículas, como a ideia de implantar um gato com um microfone espião. Sim, isso aconteceu.
    E, claro, os preservativos não estavam isentos de suas maquinações.
    Há uma história, possivelmente uma piada, que conta que o escritório de Coordenação de Política da CIA cogitou a ideia de deixar cair enormes preservativos rotulados “feito nos EUA” sobre a União Soviética como uma forma de subversão psicológica.
    É possível que exista alguma verdade nesta lenda; esse departamento da CIA era composto em grande parte por homens jovens, conhecidos por suas piadas e esquemas bizarros envolvendo planos para largar materiais sobre a União Soviética através de um balão. Em um ponto, o diretor da CIA ameaçou fechar toda a divisão se mais uma proposta estranha fosse sugerida.
    E, de fato, será que o efeito de inveja do pênis americano teria criado tensões na Guerra Fria? Parece exagero, não?
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