Uma nova pesquisa descobriu qual o problema das mulheres que têm poucos orgasmos: homens. O estudo aponta que algumas mulheres com idade entre 18 e 65 têm até 55 orgasmos por mês. Infelizmente para os homens, o que elas têm em comum é não fazer sexo com eles: mulheres heterossexuais tinham apenas sete orgasmos ao longo de um mês, muito menos do que as lésbicas que participaram do estudo.
Feito pela Universidade do Arkansas, nos EUA, e publicado na Archives of Sexual Behaviour, a pesquisa descobriu que as mulheres são 32% mais propensas a ter um orgasmo com outra mulher.
O mais incrível é que aquelas em relações com homens relataram na pesquisa ter relações sexuais com mais frequência do que aquelas em relações com outras mulheres: as heterossexuais faziam sexo cerca de 16 vezes por mês, enquanto as lésbicas tiveram relações sexuais cerca de 10 vezes por mês.
Segundo os pesquisadores, a explicação pode estar na maior diversidade presente no sexo entre mulheres. Segundo eles, as mulheres relaxam mais com outras mulheres e o sexo delas é “excitantemente diversificado”. “Sexo que inclui comportamentos sexuais mais variados resulta em mulheres que experimentam mais orgasmos”, define Kristen Jozkowski, pesquisadora responsável pelo estudo.
Diversificação
Apesar do estudo ser pequeno – eles apenas questionaram cerca de 2.300 mulheres, um número pequeno considerando que elas representam mais da metade da população mundial – ele confirma os resultados de uma pesquisa muito maior publicada no ano passado. Este outro estudo descobriu que os homens heterossexuais são quem mais chegam ao orgasmo durante o sexo – 95% dos participantes da pesquisa relataram que chegavam normalmente ou sempre ao orgasmo durante o sexo, seguidos dos homossexuais, com 89%, dos homens bissexuais, com um índice de 88%, e das mulheres lésbicas – 86% delas diziam chegar ao orgasmo sempre ou quase sempre.
Todos estes grupos chegavam ao orgasmo com muito mais frequência do que as outras mulheres do estudo. Apenas 66% das bissexuais e 65% das heterossexuais relataram que geralmente ou sempre chegavam ao orgasmo.
A explicação dos pesquisadores neste estudo têm em comum a diversificação como chave para o orgasmo feminino. “Em comparação com as mulheres que tinham orgasmos com menos frequência, as mulheres que tinham orgasmos mais frequentemente eram mais propensas a receber mais sexo oral, ter maior duração no último sexo, estar mais satisfeitas com seu relacionamento, pedir o que querem na cama, elogiar seu parceiro sobre algo que eles fizeram na cama, ligar ou mandar e-mail para provocar sobre algo sexual, usar lingerie sexy, tentar novas posições sexuais, estimulação anal, inventar fantasias, incorporar conversas sexy e expressar amor durante o sexo”, escreveram os autores no estudo.
Basicamente, quanto mais variado o sexo, as mulheres eram mais propensas a chegar ao orgasmo. O novo estudo aponta na mesma direção: sair da rotina e ter parceiros que as escutem são o segredo para que mulheres heterossexuais tenham prazer na cama. “Nossas descobertas indicam que certos scripts sexuais (por exemplo, imperativos falocêntricos) ajudam a explicar a discrepância do orgasmo entre mulheres que fazem sexo com mulheres e mulheres que fazem sexo com homens”, escrevem Jozkowski e equipe em seu estudo.
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