Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), 253 milhões de pessoas sofrem com deficiência visual em todo o planeta. Nos últimos anos retinas artificiais vem sendo desenvolvidas, com o objetivo de ajudar pessoas com degeneração macular. Agora, cientistas de Hong Kong e dos Estados Unidos garantem terem criado o olho biônico mais poderoso de todos os tempos.
Além disso, é possível considerar como o primeiro olho totalmente biônico. Chamado de EC-EYE, uma sigla para ElectroChemical EYE, é um protótipo de olho eletroquímico, composto por pequenos sensores que imitam células fotorreceptoras reais dos olhos humanos.
O olho biônico mais poderoso de todos os tempos
O olho biônico foi posicionado em uma membrana de alumínio e tungstênio, na forma de uma hemisfério, com dimensão de uma polegada de largura, formando uma retina. Uma lente foi colocada na frente, para permitir o funcionamento do globo ocular. Dentro dele, um líquido aumentou a semelhança com um olho real.
O processamento de dados é transmitido por finos cabos flexíveis em metal líquido, revestidos em borracha. O olho biônico tem pouco mais de 2 centímetros de diâmetro, oferecendo uma aparência e um funcionamento semelhante.
É um passo para dar visão aos cegos
O protótipo tem uma resolução limitada em 100 pixels, e só consegue distinguir certas letras, como E, I e Y. Além disso, o campo de visão é limitado em 100º, enquanto o olho humano consegue ter uma visão de 160º. Ainda assim, é um começo empolgante!
Os pesquisadores estão otimistas com o olho biônico e acreditam que dentro de pouco tempo será possível produzir versões sensíveis e com desempenho melhor do que o próprio olho humano, dentro de 5 anos. Dessa forma, pensam em aumentar a densidade dos nanossensores para que sejam dez vezes mais potentes do que os olhos reais.
Os pesquisadores estão desenvolvendo estes olho também para a aplicação em robôs humanoides. Segundo eles, o desenvolvimento seria bastante simples. Por enquanto, essa foi a primeira versão sintética de um olho, reproduzindo todas as características reais.
Uma esperança para os deficientes visuais
Faz alguns anos que laboratórios vem trabalhando no desenvolvimento de retinas artificiais, para que pessoas com dificuldades consigam enxergar. Assim, os primeiros implantes aconteceram em 2002, em uma primeira geração de dispositivos. Agora, uma segunda geração vem sendo trabalhada em um hospital francês.
Em 2002 o médico Mark Humayun fez os primeiros implantes do dispositivo, em pacientes com idades entre 56 e 77 anos. O sucesso levou ao desenvolvimento de um projeto reunindo laboratórios norte-americanos de pesquisa, para o aperfeiçoamento da técnica.
Até o momento 30 pessoas foram beneficiadas com a técnica, não somente nos Estados Unidos. Chamado de Argus II, sua instalação leva 2 horas, sendo que ele é a segunda geração do Argus I e uma terceira está vindo por aí.
Um olho humano possui milhões de receptores, enquanto a nova versão deverá ter 200 eletrodos, podendo chegar a mil. Ainda assim, irá melhorar significativamente a visão dos pacientes.
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