As máscaras são das primeiras defesas que atualmente as pessoas contam para se proteger e proteger os outros dos contágios com a COVID-19. Assim, após uma polémica inicial se as máscaras eram ou não eficazes para parar os contágios do novo coronavírus, o foco parece ser agora que tipo de máscaras usar e quais as que são efetivamente eficazes. Em Espanha, há máscara que não são permitidas por só protegem quem usa e não proteger também os outros.
O diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências de Saúde (CCAES) de Espanha, Fernando Simón garantiu que o uso das máscaras FFP2 e FFP3 com válvula não era “ideal” e descreveu-as como “egoístas”.
Máscaras FFP2 e FFP3 com válvula são “egoístas” e não recomendadas
Em Portugal, a DGS deu a conhecer recentemente, através da sua página oficial, informações relevantes relacionadas com quatro modelos de máscaras. Segundo o organismo, estas fazem uma “insuficiente” retenção de partículas/filtros. Em causa estão as máscaras de proteção respiratória autofiltrante, modelo FFP2 KN 95, modelo KN 95, modelo YK01 FFP2 e da marca JY.M9.
Apesar de se ter concluído que as máscaras são fundamentais para travar os contágios, nem todas as máscaras são seguras. Algumas nem fazem sentido serem usadas. Assim, em Espanha, o debate vai para lá da qualidade da proteção que a máscara confere a quem a usa e passou para a esfera da proteção pessoal e comunitária.
Em junho passado, numa das suas conferências de imprensa regulares, Fernando Simón garantiu que o uso das máscaras FFP2 e FFP3 com válvula não era “ideal”. Aliás, o responsável do governo referiu mesmo que estas proteções eram “egoístas”.
Segundo a explicação dada, estes modelos concentram “o ar exalado num ponto específico”. Ou seja, estas máscaras protegem quem as usa, mas não protege os outros.
Do meu ponto de vista, podem ser egoístas: eu protejo-me e os outros preocupam-me pouco. Também protegem contra infetar os outros, mas não tanto quanto as cirúrgicas.
Referiu o epidemiologista espanhol, diretor do CCAES.
Madrid proíbe o uso destas máscaras
Talvez por isso várias regiões espanholas tenham decidido proibir o seu uso. Um exemplo foi a Comunidade de Madrid. Esta foi uma decisão que se juntou a outras medidas aplicadas pelo Ministério da Saúde espanhol na última sexta-feira. No documento estão decisões como o encerramento de restaurantes à 1 da manhã, o encerramento de discotecas e a proibição de fumar na rua se não houver distância interpessoal.
Conforme está expresso, existe a obrigatoriedade do uso de máscara facial e refere que “a máscara não deve ser munida de válvula expiratória, salvo nos usos profissionais para os quais este tipo de máscara pode ser recomendado”.
Neste são apontados os dois modelos de máscara de válvula FFP2 e o FFP3. No entanto, há máscaras FFP2 sem válvula, este modelo não é problemático e continua a ser recomendado.
Em resumo, estas máscaras são apontadas como tendo um filtro que pode reter o vírus na entrada, mas não o retém de sair. Se a pessoa estiver contaminada, o ar que exala pode transmitir o vírus a terceiros.
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