Odesenvolvimento da consciência, seja ele inconsciente, consciente ou induzido, nunca deixará de estar presente na vida de qualquer entidade, seja uma pessoa, uma comunidade, um país ou a humanidade como um todo.
Em qualquer estágio da consciência humana, desenvolvê-la, em si próprio e em toda a humanidade, é a motivação mais nobre e autêntica que pode subjazer a qualquer ação do indivíduo. O ser humano foi “desgarrado” do rebanho divino pela força de gravidade exercida sobre a matéria da qual abundantemente se revestiu. Sua missão agora é “voltar para casa”.
A inexorabilidade do processo evolutivo mostra que, qualquer que seja o caminho escolhido pelo livre arbítrio individual ou coletivo, sempre que necessário haverá uma “redefinição de rota”, imposta pelo determinismo da senda evolutiva. Os termos “pecado”, “castigo” e “karma”, utilizados no âmbito das religiões e de várias doutrinas religiosas, estão relacionados a essa lei universal.
Aqueles que ainda não aprenderam o “caminho” irão percorrê-lo de qualquer forma, porém, por meio de um labirinto de voltas e contravoltas, consumidoras de tempo e energia, muitas vezes traduzidas em sofrimento. É o GPS da vida, que ninguém pode desligar ou – por mais que tente – alterar seu destino final. Esse é o processo de evolução inconsciente, a que se submetem aqueles que estão ainda percorrendo passos menos adiantados em sua caminhada evolutiva.
Os que já detectaram seu sistema de feedback interior e passaram a dar atenção a seus comandos evitam perder-se nos labirintos da inconsciência e vivenciam seu processo de evolução de forma consciente. Conseguem identificar seu próprio crescimento a cada salto dado a um patamar superior. Outros, ainda, já entenderam a razão da existência de seu GPS interno e sentem a grandiosidade de avançar em direção a “seu destino final”, embora ainda indefinível.
Aí está a maior motivação da existência! Cada passo na direção certa é uma conquista celebrada em êxtase, solitariamente, no âmago do indivíduo, mas com repercussão cósmica, reverberando quanticamente no Universo infinito. Mas o retorno da guerra do filho solitário indica aos pais em desalento que os demais já sucumbiram. Assim, quem já percorre conscientemente o caminho da Casa do Pai sente a compulsão de assegurar a partilha do retorno com seus irmãos.
Quanto mais se avança no processo de desenvolvimento da consciência, mais o egoísmo abandona a motivação evolutiva, pois se consolida a certeza de que, em essência, somos uma unidade; de que o sucesso da criação depende do sucesso da recolha integral do rebanho, forte e sadio. Nessa fase, os indivíduos reconhecem sua evolução, e a de toda a humanidade, como o valor de mais alta hierarquia no âmbito da Existência, e passam a induzi-la, fazendo dela seu projeto de vida.
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