O novo coronavírus, associado à doença COVID-19, pode ter sofrido mutações e estar agora até mais contagioso, de acordo com um estudo recente. O mais incrível é que o novo coronavírus pode até estar-se a adaptar às “barreiras de proteção” usadas pelos humanos.
Uso de máscara, lavagem de mãos e distanciamento físico podem não chegar como proteção ao novo coronavírus.
O estudo foi realizado por especialistas do Texas, nos Estados Unidos, que têm vindo a sequenciar genomas do vírus desde o início da pandemia. O estudo – que ainda aguarda revisão – envolveu mais de 5.000 sequências genéticas do coronavírus, que revelou várias mutações contínuas – uma das quais aumentou a contagiosidade do vírus.
No entanto, as mutações podem não significar mais mortes até porque, segundo os investigadores, a maioria das mutações genéticas não tem nada de notável.
Coronavírus poderá ultrapassar barreiras de proteção
No mundo as indicações dos serviços de saúde são para a utilização de máscara, lavagem de mãos, distanciamento físico, etc. No entanto, David Morens, do National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID), refere que o SARS-CoV-2 poderá possivelmente adaptar-se às barreiras de proteção dos humanos. Segundo o virologista, “o uso de máscara, lavar as mãos, e todas as outras barreiras contra a transmissibilidade e contágio… mas à medida que o vírus se torna mais contagioso torna-se igualmente mais hábil a contornar esses obstáculos”
O estudo revela ainda que a mutação altera a estrutura da proteína spike e é essa proteína que pode estar a contribuir para a propagação de novas estirpes, como a D614G. A “famosa” proteína S ou proteína spike (espigão) é a grande molécula por meio da qual o SARS-CoV-2 reconhece as células humanas e entra nelas. As pessoas infetadas com a estirpe D614G apresentam níveis mais elevados de carga viral nas vias respiratórias. Tal significa que, graças as mutações, o novo coronavírus se propague mais fácil e eficazmente.
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