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    sábado, 24 de outubro de 2020

    a força erótica está dentro de você. é preciso saber aproveitá-la!

     


    Tarefas demais, descanso de menos e cobranças de todo lado (inclusive as próprias) estão diminuindo o interesse das mulheres pelo sexo. Se identificou com o quadro? A boa notícia é que é possível reverter esse jogo e aumentar sua libido sexual. Afinal, a usina de energia está dentro de você! Ou seja, no seu corpo, circula uma força de alta voltagem erótica, reciclável, que vai muito além do sexo, e é capaz de estimular diversas experiências prazerosas. Em suma, é o que move o mundo. Descubra como ativá-la, use com gosto e não desperdice.

    Hoje não, meu bem!

    Há dias em que você só pensa naquilo. Supernormal. Porém, em outros, até varrer a casa é mais animador do que corresponder aos carinhos do seu amado. Acontece que a maior parte das mulheres está à mercê de uma flutuação que se repete mais ou menos a cada 28 dias, dependendo do ciclo menstrual. “Os responsáveis por essa ‘montanha-russa’ são os dois hormônios sexuais femininos, a progesterona e o estrógeno, cuja produção sobe e desce conforme seu corpo se aproxima ou se afasta da ovulação”, explica a ginecologista Maria Del Rosário Salamanca. Conhecendo melhor o ciclo sexual feminino, a médica afirma que fica mais fácil identificar os dias que a mulher se sente mais excitada.

    Tirando as flutuações hormonais que ocorrem, o grande inimigo do desejo (ou da falta dele) é, sem dúvida, o estresse. Não apenas pelo esgotamento físico, mas porque provoca uma série de reações no organismo que interferem no sexo. “Numa situação de tensão, o corpo sofre uma descarga de adrenalina e cortisol. Esses dois hormônios aceleram a respiração e fazem o coração trabalhar mais rápido. Nos moradores das grandes cidades, esse gatilho então é acionado em média 50 vezes por dia”, declara a médica Carolina Castro.

    Nove meses depois…

    As grávidas também sofrem em relação à falta de libido. “Quando a mulher tem o bebê há uma revolução dentro dela. Ou seja, hormônios caem e outros vêm à tona. Isso influencia diretamente no desejo. Fora o desgaste físico do parto, seja normal ou cesariana, e a amamentação, que também a deixa cansada”, afirma a sexóloga Rita Jardim.

    Outro drama muito comum é o conflito entre ser maternal e sexual, como se fossem funções incompatíveis. “As queixas de baixa libido e depressão não são raras somente após o parto. O casal pode começar a se desajustar mesmo durante a gravidez. A mulher passa a se ver e a ser vista como um ser idolatrado, puro, destituído de atrativos sexuais. Passa a negar o lado sexual em prol de ser mãe”, comenta a psicóloga Raquel Veiga de Tassis.

    Prazer, uma questão de sabedoria

    A sexóloga Rita Jardim revela que, normalmente, a partir dos dos 40 anos em diante, até pelas questões hormonais, são elas que reclamam mais da falta de libido. “Observo que muitas mulheres mais maduras passaram a vida inteira sem sentir prazer. Mas, por questões sociais, comodismo, ou mesmo pelos filhos, mantêm o casamento. A solução encontrada é fingir o orgasmo. Daí, depois dos 40, muitas justificam ao marido que a falta de libido é por causa da menopausa. Quando, na verdade, elas nunca tiveram prazer sexual”, comenta Dra. Rita.

    Para reverter essa situação, a sexóloga afirma que, primeiramente, é preciso parar de mentir para o seu parceiro. Quando mente, deixa-se de conquistar esse prazer e não dá a possibilidade do companheiro realmente entender o que a satisfaz.

    Outro ponto é saber onde gosta, o que gosta e como gosta. “Ela tem que se tocar, se descobrir. Se ela não sabe, como o parceiro vai saber?”, aponta Dra. Rita. E, nessa busca, a masturbação, segundo a sexóloga, é fundamental para aflorar a libido. “Se tocar intimamente é autoconhecimento. A pessoa aprende qual é o ponto bom de atingir o orgasmo. Cada um tem o seu ponto ‘G’ e cada mulher tem seu jogo sexual. Umas gostam mais de sexo violento, já outras, mais delicado. Se ela não se masturbar, não vai saber qual é a intensidade que mais lhe agrada”, descreve.

    Paradoxalmente, as mulheres nessa faixa etária conseguem ter mais prazer na relação que as mais novas. “A preocupação é menor com o corpo e maior com o próprio prazer”, aponta Dra. Rita Jardim, comentando ainda que, nessa fase, elas conseguem se encarar, se entender e se tratar melhor.

    Segundo a médica Carolina Castro, o número de mulheres que afirmam ter orgasmos aumenta proporcionalmente com a idade – e a maioria concentra-se na faixa acima de 30 anos. “Isso ocorre essencialmente por três motivos: nessa fase, ela já ganhou experiência, conhece melhor seu corpo e aprendeu a se comunicar com o seu parceiro”, afirma Dra. Carolina.

    O que mata o desejo

    Se não for apenas uma fase, a queda na libido feminina pode ser conseqüência de vários fatores: doenças como o hipotireoidismo, o diabetes e a hipertensão (que podem lesar os órgãos envolvidos na produção e transmissão do impulso sexual); sedentarismo, obesidade e abuso de álcool; problemas emocionais, como a depressão e a ansiedade; e carência hormonal após a menopausa (o que reduz a lubrificação da vagina); além do desgaste da relação após anos de convivência. “Para a mulher, o desejo é um termômetro da saúde física, emocional e do vínculo do casal, da mesma forma que a ereção é para o homem”, declara a sexóloga Rita Jardim.

    Vale lembrar também que o uso de medicamentos, como os psicotrópicos e alguns antidepressivos, pode reduzir o interesse sexual. Algumas usuárias de pílulas anticoncepcionais mencionam certa diminuição da libido. No entanto, o desgaste na relação, segundo Rita, é mesmo o maior culpado pela baixa no tesão. “Claro que a parte hormonal é importante. Depois da menopausa, o desejo diminui, mas as questões psicológicas são sempre as mais relevantes”, afirma a sexóloga. Ou seja, quanto menos você fala sobre sexo, quanto menos exercita, menos vontade tem de fazer.

    Rotina exaustiva!

    Além de ser praticamente um joguete na mão dos hormônios, a mulher, hoje, acumula inúmeras funções durante o dia – profissional, mãe, esposa. Chegar à noite animada só mesmo com muito estímulo. Então, quando finalmente vão se deitar, não pensam na cama como um local de prazer, querem apenas descansar. Já para os homens, o sexo pode ser uma válvula de escape, que ajuda a relaxar após um dia atribulado de trabalho. Por isso nem sempre o cansaço esgota a libido deles.

    Na busca pela satisfação surgem cada vez mais formas de recuperar a libido.

    Ortomolecular em prol da libido sexual

    Compostos minerais para melhorar a libido e a energia sexual, sem agredir o organismo. De quebra, emagrecer, rejuvenescer, tratar a ansiedade, melhorar a digestão. É o que promete a medicina ortomolecular, que tem como principal objetivo equilibrar o organismo. A médica ortomolecular Heloísa Rocha, da Clínica Vitá, no Rio, explica que este tipo de tratamento ajuda (e muito) no aumento do tesão. “O próprio controle da parte hormonal já promove melhora, aumentando o desejo. Várias pacientes minhas já constataram isso, das mais novinhas às mais maduras”, comenta ela, que atende em sua clínica atrizes como Juliana Paes, Deborah Secco, Grazi Massafera, Luiza Brunett, entre outras.

    A ‘queridinha’ das famosas dá as dicas: “Existem ervas maravilhosas para aumentar a disposição e o apetite sexual e também fitoterápicos específicos (afrodisíacos) para a libido e a potência sexual, como a maca, marapuama, catuaba, tribullus, vitaminas E e C, minerais como o cromo, o zinco e o selênio. Na realidade, quando a pessoa melhora, o quadro de fadiga e a disposição para tudo voltam à tona. Então, tudo melhora”, diz a médica.

    Dra. Heloisa explica que, quando estamos em ‘desarmonia interna’, todo o nosso corpo sofre, em especial a libido. Balancear os hormônios, ela afirma, é sempre benéfico para uma vida sexual saudável e intensa. “Nossos hormônios podem acabar com a nossa vida amorosa. O estresse, uma dieta pobre e a falta de exercícios podem nos desregular”, comenta.

    A reposição de vitamina B6 e do mineral cromo melhoram o bem-estar feminino, principalmente nessa fase em que o desejo parece ter evaporado. “Costumo formular para minha pacientes tribullus, avena sativa, pfaffia paniculata, óleo de peixe, revesratrol (origem da uva), discorea villosa, ginseng siberiano e coreano. Todos são muito afrodisíacos e dão aquela energia”, comenta Dra. Heloisa, que acaba de lançar o livro ‘Coma bem, viva bem – Guia de alimentação funcional para saúde, bem-estar e beleza’, da Editora Clio.

    Dando um ‘gás’ na relação

    O que fazer para esquentar sua vida sexual? As sugestões são da terapeuta sexual Solange Gomes Freire:

    Relaxe. Descubra uma forma eficiente de controlar o estresse. Praticar ioga, por exemplo, é super válido.

    Procure um especialista. Um terapeuta sexual pode orientá-la sobre como conhecer melhor o seu corpo e aprender a intensificar as sensações.

    Não tenha vergonha. Mostre a seu parceiro como gosta de ser estimulada e tocada.

    Procure um médico. Ele pode ministrar medicamentos capazes de atuar nos centros de prazer do cérebro para aumentar a libido. A terapia de reposição hormonal alivia o ressecamento da vagina após a menopausa, mas é preciso pesar bem os prós e os contras. Uma opção é usar um creme vaginal à base de estrogênio. Medicamentos como o Viagra, que melhoram o fluxo de sangue nos genitais, não se mostraram úteis para as mulheres. Tanto que a fabricante da pílula azul desistiu de estudar sua ação no sexo feminino após oito anos de pesquisas.

    Nos EUA já existe o ‘spray do desejo’, uma droga para ser inalada que, segundo os cientistas, tem o poder de levar as mulheres às estrelas. Será? Só testando. Mas, relaxe, ainda não há no mercado brasileiro.

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