O sexo não-penetrativo é uma atividade sexual sem penetração vaginal, anal e possivelmente oral, que se contrapõe à relação sexual.
A idéia de sexo não-penetrativo é relativamente nova e geralmente pouco aceita.
Nela não há intenção da troca de fluidos corporais, sendo considerada uma prática de sexo seguro assim como de contracepção.
Esta atividade sexual pode servir como uma preparação, uma preliminar, para a relação sexual propriamente dita.
Tipos de sexo não-penetrativo
- Estimulação da vagina, do ânus ou do pênis com a mão, despido ou vestido.
- Masturbação mútua, estimulação das genitálias concomitantemente em si mesmo ou no parceiro.
- Sexo virtual, estimulação mútua a distância, geralmente através do uso da internet ou de uma ligação telefônica.
- Contato não-penetrativo entre genitálias.
- Tribadismo, fricção vulva-vulva.
- Frot, fricção pênis-pênis, escroto-escroto ou pênis-escroto.
- Docking, inserir, parcialmente ou completamente, a glande dentro do prepúcio do parceiro.
- Sexo intercoxa, também conhecido como o sexo interfemoral, onde um homem coloca seu pênis entre as coxas da parceira ou do parceiro, e como consequência há o contato entre zonas erógenas de ambos.
- Sumata (Japonês: 素股 Literalmente: forquilha real), tipo de estimulação da genitália masculina populares nos bordéis japoneses.
- Footjob, estimulação da genitália masculina com os pés.
- Espanhola, quando um homem fricciona seu pênis entre os seios de uma mulher.
- Sexo oral, estimulação com a boca da genitália do homem ou da mulher, embora algumas definições excluam o sexo oral como uma forma de sexo não-penetrativo devido ao risco na transmissão de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Várias atividades de BDSM não envolvem a penetração, porém não são geralmente considerados práticas de sexo não-penetrativo, principalmente porque envolvem alguns riscos especiais e porque não são substitutivos para a atividade sexual.
Riscos do sexo não penetrativo
Espanhola, uma forma de sexo não-penetrativo.
Toda atividade sexual apresenta riscos, entretanto as não-penetrativas apresentam um menor risco, que as penetrativas.
No sexo oral há um risco elevado de se infectar com uma doença sexualmente transmissível do que com outras formas de sexo sem penetração, mas ainda assim, há menos possibilidade de infectar estas doenças através do sexo oral do que com atividade sexual com penetração.
Uma forma de reduzir mais a começa de uma doença sexualmente transmissível é a utilização de barreiras como o preservativo.
O risco da gravidez com sexo oral é somente possível através do contato entre um líquido que contenha esperma, tais como o sémen ou o fluido pré-ejaculatório (transparente em homens saudáveis) e a vagina, contudo os órgãos sexuais não estão no contato íntimo durante o sexo oral, pondo a chance de gravidez na prática nula.
A atividade de interfemoral e a fricção entre as genitálias, embora dê forma notória se constituindo uma atividade não-penetrativo, podem acarretar em risco de gravidez com transferência dos líquidos que contenham esperma entre os órgãos sexuais de pessoas de sexos opostos.
No entanto, a maior preocupação que há em relação aos riscos que o sexo não-penetrativo podem causar não estariam diretamente relacionadas à prática, mas sim ao fato de que os parceiros podem não se conter durante as trocas de carícias e outros atos, vindo a perder o controle e praticarem o coito.
Por isso, é recomendável que em toda e qualquer atividade sexual entre duas ou mais pessoas sempre se tenha por perto alguns preservativos.
Masturbação mútua
Masturbação mútua é um ato sexual onde duas ou mais pessoas se estimulam sexualmente um a outra, geralmente com as mãos.
A masturbação mútua ocorre em situações onde os participantes, por não se sentirem fisicamente capazes para praticarem um ato com penetração, ou por considerarem mais apropriado do que uma atividade sexual tradicional, ou ainda para evitar o rompimento do hímen ou impedir a gravidez, desejam manter o prazer sexual mútuo.
É, também, parte do repertoire “atividade sexual tradicional”, onde pode ser usado como um interlúdio, .
A masturbação mútua pode ser praticada por pessoas de qualquer orientação sexual, o que não exclui os heterossexuais, sendo considerado por alguns como um ato de profunda intimidade entre os parceiros.
Masturbação recíproca
Masturbação recíproca ocorre quando a estimulação do órgão sexual é feita pelo parceiro. É bastante comum em relações entre homossexuais masculinos, em que um estimula o pénis do outro, proporcionando assim prazer.
Normalmente enquanto se estimula o pénis do parceiro, estimula-se também o nosso, já que o acto de estimular o parceiro causa prazer também a quem o faz. Consta que o orgasmo do indivíduo estimulado é duas vezes maior do que quando feito pelo parceiro.[carece de fontes]
Além disso, é também conciliável com outras práticas, como por exemplo a felação. No caso da homossexualidade masculina, por exemplo, o que faz a felação é simultaneamente masturbado por quem está a receber a felação. Também se pode passar com o sexo anal, sendo que quem penetra também pode masturbar ao mesmo tempo o companheiro.
Em calão, costuma-se dizer “um bater uma ao outro”.
Prevenção de AIDS e outras DSTs
Se nenhum líquido corporal for trocado (como é comum), a masturbação mútua é uma forma eficiente de sexo seguro, e reduz extremamente o risco da transmissão de doenças sexuais.
Como tal, ela foi incentivada entre homens gays por algumas organizações a favor do sexo seguro, para controlar a explosão da AIDS (SIDA) na década de 1980, como uma alternativa ao sexo anal ou sexo oral.
Atualmente, também é reconhecida pelo Ministério da Saúde como um método eficaz para evitar a transmissão do HIV, em tese até mais segura do que o uso de preservativos nas relações sexuais porque, a princípio, supões-se que não haveria a possibilidade de um contato com os líquidos corporais.
Há vários programas de orientação em andamento na África onde voluntários promovem a divulgação da abstinência sexual e da masturbação mútua, com resultados bastante interessantes, existindo comprovadas pesquisas que apontam para uma diminuição significativa no número de infeções por AIDS em Uganda.
Todavia, é recomendável que na masturbação mútua, assim como em qualquer outra forma de sexo não-penetrativo, os parceiros tenham sempre à disposição exemplares de preservativos, considerando a fundada hipótese de não se conterem durante as trocas de carícias e as práticas de determinados atos.
Sabe-se que a masturbação quando consumada pela mulher pode aumentar ainda mais o desejo sexual no decorrer da relação, funcionando como uma preliminar e induzindo ao coito, mesmo chegando ao orgasmo, diferentemente do que ocorre com o homem após a ejaculação.
Assim, considerando as aspectos sociológicos, educacionais e até mesmo biológicos, a distribuição de camisinha ainda é o principal método de prevenção que deve ser amplamente divulgado.
Posições na masturbação mútua
As técnicas do masturbação mútua assemelham-se as da masturbação simples, com a exceção que há outra pessoa envolvida, permitindo que um possa proporcionar prazer ao outro, seja com toques entre si ou apenas observando a outra pessoa estimulando a si mesma. No entanto, masturbar-se um ao outro pode tornar-se algo cansativo se o casal não estiver numa posição adequada.
Várias posições podem ser adotadas para tornar a masturbação a dois mais prazerosa e que pode ser feita em pé, deitada ou sentada.
Na cama, o ideal é que os parceiros fiquem deitados lado a lado, ambos com os genitais bem próximos para facilitar que a mão de um possa chegar na genitália do outro.
Tem-se também uma outra possibilidade bastante recomendada em que os parceiros posicionam-se deitados sobre os seus ombros olhando um para o outro. Ou então, com um parceiro atrás do outro, sendo mais fácil para a pessoa que está atrás estimular o(a) da frente.
De qualquer modo, o segredo de uma prazerosa masturbação mútua está na reciprocidade entre os parceiros. É preciso haver bastante concentração e controle para que, no momento em que a pessoa esteja recebendo prazer, possa também continuar contribuindo com suas carícias sem causar desagradáveis interrupções.
Quando cada parceiro pratica em si mesmo a masturbação diante do outro, o que é bem mais fácil, a posição mais recomendável é que cada um fique bem confortável para poder observar e ser observado já que, neste caso, a excitação seria visual e não sensitiva.
A masturbação mútua pode ou não resultar em que em um ou mais dos parceiros alcance o orgasmo. Por isto, é preciso paciência e muita concentração na prática dos atos para que um parceiro não se esqueça de proporcionar prazer ao outro, o que pode incluir estímulos em outras partes do corpo através de carícias.
Também existe a preocupação de que alguns homens, após ejacularem, possam mostrar desinteresse pela continuidade do sexo, o que torna necessário um auto-controle na masturbação mútua.
Além disso, há recomendações para que os parceiros deixem as luzes acesas para poderem observar um ao outro, pois, segundo algumas pessoas, o segredo estaria na contemplação do orgasmo alheio.
Embora seja incomum existe a masturbação feita em grupo, que geralmente ocorre entre pessoas do mesmo sexo conhecida como circle jerk que é realizado coletivamente em uma reunião de homens.
Sem envolvimento amoroso, financeiro e sem penetração, alguns rapazes gostam de se reunir apenas para se masturbarem. Originalmente, o jerk tratava-se de uma competição entre garotos heterossexuais que sentavam-se num círculo, colocavam um biscoito ou um donnut bem no centro da roda e começavam a se masturbar. Então, o último a ejacular teria que comer o biscoito.
Porém, hoje em dia, embora muitas vezes a masturbação em grupo esteja associada aos bissexuais e homossexuais adultos, é de senso comum na Psicologia que tal prática se trata de algo saudável também entre jovens heterossexuais/bi-curiosos.
No entanto, a prática do jerk ainda não é muito bem aceita em meios sociais machistas e heterossexistas como o mainstream da sociedade brasileira já que muitos imaginam que isso pode contribuir para uma suposta iniciação homossexual em que o adolescente pode ser induzido a masturbar outro rapaz ou deixar que manipulem seus órgãos (embora práticas homossexuais entre jovens não estejam relacionadas a uma orientação sexual homossexual permanente na idade adulta, e embora hoje seja aceito pela comunidade científica de que a orientação sexual não se escolhe, é geralmente imutável ao longo da vida e muitas teorias, como as do hipotálamo de Simon LeVay, indicam a uma origem biológica da não-heterossexualidade entre humanos).
Sabe-se que masturbação grupal pode envolver a participação pessoas do sexo oposto como ocorre na prática do bukkake, onde o alvo do facial seria uma mulher.
Pode-se considerar que a masturbação coletiva seria, em tese, uma prática mais segura do que o sexo grupal, no qual existe o risco dos preservativos não serem trocados antes da penetração de outros parceiros.
Cuidados com a lubrificação
Sem dúvida que a falta de umidade é um fator desestimulante. Assim, pode ser necessária uma lubrificação adicional.
Friccionar (Frottage ou Frotter) expressão com a mesma origem parafilia Frotteurismo, conhecido popularmente no Brasil como encoxar, é o ato de conseguir prazer sexual com um parceiro ou parceiros, despido ou vestido, sem penetração.
Pode ser usando quase todas as parte do corpo, incluindo as nádegas, os peitos, abdômen, coxas, pés, mãos, pernas e órgãos sexuais.
O frotter pode incluir a fricção mútua das genitálias e a maioria das outros formas de sexo não-penetrativo.
Há muitas razões que justifiquem um par escolher o frotter. As razões as mais comuns é como uma formula de preliminar, antes do ato sexual penetrativo. Ou então, como um método de conseguir a gratificação sexual sem o sexo oral ou sexo vaginal explícito.
Muitos jovens usam o frotter numa fase inicial da intimidade sexual, antes que um contato mais explícito seja desejado. Outros como um substituto ao ato sexual com penetração, como forma de manter um grau mais elevado de castidade antes do matrimônio.
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